Tem interesse em investir no tesouro direto e saber quanto rende? Entenda tudo que você precisa saber para decidir de que forma, e em qual momento investir o seu dinheiro.
Nada esconde o fato de que, últimos anos, o Tesouro Direto atraiu milhares de brasileiros. Sem dúvidas, se tornou um dos recursos mais utilizados para quem quer entrar de vez no mundo dos investimentos, buscando dar os primeiros passos para fora da tão conhecida caderneta de poupança.
Os títulos do Tesouro Direto não param de ficar cada vez mais populares.
No período de um ano, de junho de 2021 a junho de 2022, o número de investidores ativos (aqueles que possuem dinheiro investido em títulos públicos) cresceu mais de 28%, isso representa um salto de 1,558 milhões para 2 milhões de pessoas.
O valor total investido no ativo passou de R$ 66 bilhões para R$ 90 bilhões (um salto de 36%, de acordo com os dados do Tesouro Nacional). Mas por que há um interesse tão genuíno por esse ativo e qual o motivo dele crescer tanto?
Uma das razões, sem dúvida, é a rentabilidade, que ficou maior com a alta dos juros ao longo do período.
Porém engana-se muito quem pensa que o Tesouro Direto está presente apenas na carteira de investidores iniciantes ou dos que fazem o perfil mais conservador. Na verdade, o ativo pode ser um ótimo instrumento para quem busca uma estratégia diversificada e proteção.
Por este motivo, é muito importante que todo investidor, independente de seu tipo, entenda como funciona o Tesouro Direto.
E para te ajudar com isso, fiz este guia com tudo que você precisa saber sobre, detalhando os principais papéis, junto de todas as vantagens e riscos envolvidos na operação e, claro, o passo a passo para que você consiga ingressar neste novo mundo de investimentos.
Tesouro direto: o que é?
O Tesouro Direto é um programa criado no ano de 2002 pelo Tesouro Nacional, com o intuito de garantir que as pessoas físicas tivessem acesso aos títulos públicos.
Até aquele momento, apenas os grandes investidores e empresas conseguiam fazer investimentos financeiros nesses ativos, considerados os mais seguros do Brasil.
É isso mesmo! Os títulos do tesouro direto são considerados os investimentos com mais segurança do país, porque a garantia do pagamento ao investidor vem por parte do Tesouro Nacional. Ele que é o grande responsável por administrar todo o dinheiro do país.
Em termos mais simples, é praticamente impossível a possibilidade do Tesouro Nacional quebrar. Para que isso venha acontecer, todos os bancos e empresas precisariam quebrar antes.
Ou seja, os títulos públicos são os mais seguros porque há garantia (pode-se dizer até severa) de pagamento ao investidor.
O Tesouro Direto ganhou extrema popularidade, pois é uma das modalidades de investimento mais flexíveis, permitindo que se façam aplicações com valores muito baixos (a partir de R$ 30) e mesmo assim, oferecendo liquidez diária para todos os papéis.
Quanto o tesouro direto rende?
Antes disto, precisamos saber que existem três tipos de títulos públicos no mercado: o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA. Cada um destes títulos possuem dinâmicas diferentes de rendimento.
Vamos conhecê-los.
Tesouro Selic
Este é um título pós-fixado do Tesouro Nacional e a sua rentabilidade segue a variação diária da taxa Selic, ou seja, a taxa de juros básica da economia.
De maneira simples, quem investe neste tipo de tesouro direto, tem expectativas de que a taxa de juros básica da economia aumente, ou está apenas buscando acompanhar as variações destes juros.
O valor de mercado desse título apresenta uma baixa volatilidade, evitando perdas no caso de uma venda antecipada. Por este motivo, o tesouro Selic é considerado um título indicado para um perfil de investidor mais conservador.
Também é indicado para o investidor que não sabe ao certo quando precisará resgatar o seu investimento.
Quais as vantagens?
- Uma garantia da rentabilidade básica de juros da economia, a taxa Selic.
- Fluxo de investimentos mais simples, resumindo-se em apenas uma aplicação e um resgate.
Como é feito o pagamento do título Tesouro Selic?
Os pagamentos do principal e dos juros de uma LFT (ou Letras Financeiras do Tesouro) é feito em uma única parcela, a ser paga na data de vencimento do título.
É importante lembrar que, tanto o tesouro IPCA+ quanto o tesouro prefixado, possuem opções de pagamento como cupons de rendimento semestral.
Nestes casos, a rentabilidade no tesouro direto pode ser ligeiramente menor do que a de um ativo que faz o pagamento de seus retornos apenas no dia do vencimento.
Tesouro Prefixado
O tesouro prefixado LTN é um título prefixado do Tesouro Nacional (como o próprio nome sugere) que permite que você saiba, no momento que você o compra, qual será o rendimento do seu dinheiro até a data do vencimento.
Quais as vantagens?
- Ter um maior conhecimento da rentabilidade a ser recebida ainda no momento da compra.
- Disponibilidade dos vencimentos para fins de negociação no tesouro direto.
- Um fluxo de investimentos fáceis, focando apenas em uma aplicação e um resgate.
- Opção de investimento ideal se a taxa prefixada for maior que a taxa de juros básica.
Quando é feito o resgate do título Tesouro Prefixado LTN?
O resgate do valor investido mais os juros no título é feito em uma única parcela, na data do vencimento da LTN (Letra Nacional do Tesouro Nacional).
Tesouro IPCA+
Este é um título pós-fixado do tesouro direto que se encontra ligado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Em linhas gerais, isso significa que os seus ganhos serão a partir da taxa da inflação, acrescido dos juros reais do título, calculado entre o intervalo da data de compra e a data do vencimento do título.
Quais as vantagens?
- Garantia de uma rentabilidade maior do que a inflação, caso a aplicação seja mantida até a data final do vencimento.
- É um excelente investimento para quem procura uma aplicação que consiste em períodos mais longos.
- Se resume em um fluxo de investimentos simples, tendo apenas uma aplicação e um resgate.
Como é feito o pagamento do Tesouro IPCA NTN-B Principal?
Os pagamentos, tanto do principal, quanto dos juros, são realizados em uma única parcela, a ser paga sempre na data do vencimento do título.
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